Monday, August 20, 2012

Um caminho... (1/2/3)

( Recebi alguns mails sobre este texto.Não foram muitos, claro!!! mas já é surprendente receber algum. Houve algumas interpretações desta "brincadeira com as frases", todas elas fantasticas porque as palavras dão para isso, para as ler de uma maneira propria e construir cenários muito unicos.
Na realidade muitas das "viagens" que fiz tem  dois sentidos com o pontos de partida e o ponto de destino em comum. Estradas por onde uma faixa nos leva e outra paralela nos traz, em cenarios diferentes, de sentidos inversos, que mesmo vividos de uma maneira semelhante nunca são iguais. Simplesmente... nunca ansiamos na volta ou que ansiamos na ida e nunca sabemos na ida o que já sabemos na volta
Decidi "conjugar" então, por conselho, os 3 posts num só, poupa-se espaço, e... ordena-se a ideia que precisou de tempo , para se organizar a ela própria, sendo isso tambem parte desta, pouco original, brincadeira com frases.)
 


   
(1)
Há tardes que se transformam em dias! Noites que se "acendem" com o nascer do sol. Conversas animadas que contrastam com profundos silençios (que não embaraçam pela sua naturalidade!) e que nos vão fazendo deambular no repartir do tempo.
    "Tempo" na dimensão correcta e concreta , e não naquele "tamanho encolhido" que tem no nosso dia a dia.


    O caminho prolonga-se numa fileira de arvores á beira do alcatrão.
    "Linha" que vai sendo "partida" por grandes planícies, transformando a dimensão do céu, com um azul que nos toma quase a totalidade da visão, e que nos faz imaginar, como percorremos realmente a superfície de uma maneira rasteira, sem grande importância de direcção mas com um padrão de movimento único, próprio... individual.
    Uma linha  traçada num mapa, que se vai entrelaçando com outras. Numas!... tocando-as ao de leve, como se tocam os fios de um tear. Mas noutras... criando "nós" , criando emaranhados que se desenrolam em "outros nós"...  criando "algo" tecido de uma maneira incomparável pelo destino.

    Debaixo de mim o motor "rosna" o seu esforço, como eu me esforço para me manter neste movimento.
    Procuro no meu trajecto o caminho para acalmar esta "corrida" , sossegar o espirito e encontrar o sitio onde vou parar, enrolar um cigarro e simplesmente ficar por lá.

                                          Ficar por lá... até voltar a partir!...

 (2)



      (3)             
                                             ...Ficar por lá... até voltar a partir!

    Debaixo de mim o motor "rosna" o seu esforço, como eu me esforço para me manter neste movimento.
    Procuro no meu trajecto o caminho para acalmar esta "corrida" , sossegar o espirito e encontrar o sitio onde vou parar, enrolar um cigarro e simplesmente ficar por lá.

    O caminho de volta,  prolonga-se numa fileira de arvores á beira do alcatrão.
    "Linha" que vai sendo "partida" por grandes planícies, transformando a dimensão do céu, com um azul que nos toma quase a totalidade da visão, e que nos faz imaginar, como percorremos realmente a superfície de uma maneira rasteira, sem grande importância de direcção mas com um padrão de movimento único, próprio... individual.
    Uma linha  traçada num mapa, que se vai entrelaçando com outras. Numas!... tocando-as ao de leve, como se tocam os fios de um tear. Mas noutras... criando "nós" , criando emaranhados que se desenrolam em "outros nós"...  criando "algo" tecido de uma maneira incomparável pelo destino.

    Há tardes que se transformam em dias! Noites que se "acendem" com o nascer do sol. Conversas animadas que contrastam com profundos silençios (que não embaraçam pela sua naturalidade!) e que nos vão fazendo deambular no repartir do tempo.
    "Tempo" na dimensão correcta e concreta , e não naquele "tamanho encolhido" que tem no nosso dia a dia.

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