Thursday, July 26, 2012

Tentativa.


    Está calor, pensava que ia conseguir dormir numa noite mais fresca, já que rumei para norte. Mas parece que o verão não dá tréguas ao corpo, e teima "tentar-nos" em "esgotar a alma".   
    A noite ontem foi particularmente curta e o dia hoje...particularmente longo. Os kms durante a tarde sufocavam e só a agua gelada das paragens teimava em atiçar o sentimento "livre".Sinto o corpo quebrado ao meio, um preço que cobrei logo de manhã, para me colar à estrada.   
    Sento-me em frente ao computador, com muito sono a mistura, para desenhar uma "história". Desenhar uma história com palavras, sobre o dia, a viagem, pessoas e estilos de vida. Sobre aquelas experiências (maiores ou menores!!!) que cada dia de estrada nos dá e que cada viagem nos "faz" trazer. No fundo, qualquer coisa, que era mais ou menos "a minha viagem na viagem que viajei." (não posso deixar de rir com este pensamento!)    
    Dou voltas sobre o mapa, em pensamentos e episódios que marcam cada dia como referências. Procuro algo num destes "desenhos", que me desenvolva a narrativa, mas lentamente o meu pensamento foge para longe.     
    Os dedos traem-me a escrever, lendo-me o pensamento (contra a minha vontade!) e a história da viagem, fica cada vez mais longe!   
     De repente... lembro-me que... tenho saudades de te beijar... mais parvo ainda!!... a frase ganha formas e texturas dentro da minha cabeça, de uma maneira quase "primitiva"...    
    Tenho saudades do teu peito na palma da minha mão... pensamento mais matreiro, que me leva a cerrar os olhos.
   
    Continuo a escrever, mas, cada vez mais longe de uma qualquer "história".  

  
   
    E neste momento, estou contigo toda nua aqui... estou perdido entre o quente do teu pescoço e a pele do teu peito. Estou desesperadamente a tentar consumir a tua alma naqueles instantes desesperados, mesmo antes de entrar dentro de ti, de te sentir, numa angústia que nos empurra um contra o outro. Agora ainda sem ritmo, somente com uma vontade descontrolada de te possuir.   
    Mas tu, confundes me os sentidos um pouco mais! Fazes-me perder na tua boca, só mais uma eternidade de segundos, o que me leva a desejar sentir o teu sabor, a "morder-te" delicadamente, inundado o paladar simplesmente "contigo".
    Tudo para te sentir a protestar com o corpo "algo mais".    
   
    Bom sentir o teu corpo deslizar no meu.   
    Bom o encaixe perfeito, rápido mas delicado, desesperado e quente.
    Bom ouvir o primeiro gemido tímido.   
   
    O meu corpo reage a estes pensamentos. !!!   
   
    Sentir -te explodir quando comprimes os músculos todos, num esforço elevado, é quase com se viajasse-mos num escorrega cósmico.         Gritas mais alto, cadenciadamente, mas ignorando ritmos.    
    Acelero o compasso, ignorando também, o romântico "do lento", e nesse instante  puxas-me...quase sempre, inesperadamente!
    Fazendo -me entrar também  na viagem.
   
    Culpa minha !!! Que  estava ali sentado à beira do escorrega, a olhar para ti, como um miúdo que olha para algo que o fascina.        
    A viagem é alucinante!... Sem regras!
    Viajamos por um tubo "rápido", com os sentidos em alerta total, sentimos o corpo encharcado e sentimo-nos a deslizar por esse molhado.
     Ouvimos os corpos , ouvimos a velocidade (o que nos faz pensar na lógica das emoções) e... sentimos o aproximar do mundo  para onde somos puxados, levados, transportados!!!    
   
    Momentos antes já passaram!
    Tudo foge ao nosso controlo.
    E assim somos despejados para o destino... de repente... em explosão.    
    Então o silêncio impõe-se e ficamos a flutuar no espaço, sem qualquer resistência da gravidade, numa dormência marcada por um ofegante respirar, que nos movimenta numa cadência "inerte".    
    Tudo num único barulho e num único movimento dos dois corpos em simultâneo.

        Ficas bem nua sobre mim.

    ... Coisas!!
   
    O pior é que me fizeste perder a "historia da viagem".
    São tramadas estas noites que sei "ser livre" e sei que, não era aqui, que devia de estar. 



Sunday, July 22, 2012

Carlos "o mini-anão" (1)

    Ontem estava sentado no cimo da colina a olhar para as "gritarias" que se passavam dentro da assembleia das "conversetas" no palácio da rainha de copas.
    Enquanto um dos ministros da rainha falava, uns arruaceiros, desculpem... corrijo: uns professores... "esses" arruaceiros, mostravam cartazes negros que chumbavam das galerias as boas intenções da "converseta" real.
    Logo de pronto umas cartas do exército da rainha de copas, entraram em acção, mas "comicamente" insufladas, pelo tempo que passam encostadas às portas do palácio, sujeitas a muitas correntes de ar. Mesmo assim, não deixaram de mostrar prontidão e cara de "rigor" com gestos severos, executando as ordens de "evacuar" o atentado á ordem. Talvez, penso eu, à ordem do próprio sítio, pois estes arruaceiros queriam-se expressar-se num sitio que foi estabelecido por ordem da rainha gorda (como o nome indica!), só para "conversetas".
    Pergunto-me se não temos de ponderar o valor dos professores, "esses arruaceiros", agora com a opção de uma educação por equivalências (é a segunda vez que uso esta piada!!!).
    Tudo acabou, mas não sem antes, o ministro gritar varias vezes a
 traição, (quando me parecia, que queria mesmo gritar era: "raios partam, quem os quis educados.").

    O calor aperta por aqui e "aquilo" fartou-me, saltei para cima da mota.     Apetecia-me andar um pouco, fintar alguns carros, meter-me por ruas e ruelas.
    E foi numa dessas ruelas que encontrei, uma vez mais, o Carlos, o meu amigo mini-anão, sentado nas escadas à porta de casa.
    Parei a mota e fiz-lhe sinal. Num instante estava sentado ao lado dele que continuava de semblante baixo.
  
    - Estão pá o que se passa?
    - Estou lixado pá!
  
    Percebi que era de dinheiro e trabalho e, não os vou maçar com a conversa inteira de um coelho e um mini anão em wonderland. O Carlos contou-me que tem mandado uma serie de curriculum para entrevistas e estava a desesperar não o chamarem. Quando por fim houve a primeira entrevista, pôs-se todo bonito, imprimiu o seu curriculum num papel especial que lá tinha em casa, e levou consigo o seu "fiel" escadote, para o conseguirem olhar de frente e não de cima.

    - "... Cheguei lá com o meu melhor fato e sapatinhos engraxados, o " escadote" a reluzir. Entrei montei o escadote e apresentei-me, até sorri... perguntaram-me e eu respondi a tudo, depois perguntaram-me do escadote, e eu expliquei que se adaptava mesmo a mim, que me fazia ver as coisas de outra maneira, com mais conhecimento do que estar lá em baixo no chão, que tinha sido uma nova oportunidade...
    Não me deixaram acabar, disseram logo que gostavam muito da minha vontade e do meu carácter, do conhecimento que mostro mas que só me pagavam a mim e não me pagavam o "escadote".
    Eu insisti, mostrei que do chão ninguém me vê, que não chego a secretária e que era um investimento. Eles sempre sorridentes aconselharam-me a não desistir, mas que de momento lamentavam não puder "ficar" comigo.

    - Dia tramado! - Disse
    - Mas não acabou! -cortando a minha frase. - Dali segui para o fundo "do" desemprego e decidi não levar o escadote, tentar a minha sorte para um trabalho para a minha medida "normal".
    Quando cheguei, a fila subia e descia a rua dez vezes!... e após essa fila interminável que avançava a passos mais pequenos que os meus, conseguias tirar a senha, e sentavas-te numa sala pequena com um ecrã gigante que anunciava os números a chamar. Uma espera interminável, um tumulto para a paciência e para a consciência.
    Pior!!! Cada número ao passar, emitia um barulho de besouro, que nos marcava irritantemente como se fossemos punidos daquela espera e por estar ali.
    A sala era enorme e as pessoas ocupavam todas as cadeiras, e cantos onde se pudessem encostar, dormitavam com pêndulos de pescoço e pairava no ar um cheiro a impaciência.
    Quando chegou a minha vez, já estava meio a dormitar, mas por instinto, levantei-me rapidamente. Perdi ali uns segundos, mas em passo rápido embalei no atravessar da sala.
    Notei que a senhora do balcão para onde me dirigia estava a ficar nervosa. Olhava para a sala e não via ninguém. Eu apressava o passo antes de ela desistir de procurar e chamar outro número num outro besouro que me mandava para o fim da fila!.
    E consegui!!!! Cheguei ao balcão mesmo no momento antes de ela carregar naquele maldito botão, gritei com a senha na mão. Vejo que a senhora parou e olhou, mas eu não tinha o meu escadote e ela não me via de trás do alto balcão. E por mais que eu saltasse, os seus olhos olhavam em frente procurando simplesmente o "seguinte"...
    Pensando bem! até esperou "momentos de mais", mas o maldito dedo carregou no maldito botão, e logo apareceu um personagem qualquer que se apressou a me empurrar "sem querer" para o lado, ignorando o meu "barafustar", como se o assunto que o leva-se ali fosse muito mais importante que o meu.
    Fiquei furioso, e dei-lhe três ou quatro pontapés bem valentes nos tornozelos, mas logo fui parado por um bando de segurança, amarelos e castanhos ( esses já me viram bem!!), que me arrastaram até á porta, deixando aquele idiota, agarrado ao balcão, com os tornozelos inchados e um ar indignado.
    Tentei manter a calma e percebi que ali já não me safava, por isso, arranquei em direcção a segurança soçial, a minha última hipótese para hoje...
    Apressei-me e "galguei" o passo, fintando as pernas pelo caminho durante 24 quarteirões. Quando entrei embalado pela porta da frente, dirigi-me de imediato (convicto da minha determinação!), á maquina que nos dá o número de atendimento.
    Os últimos passos pelo corredor, que me levavam para conseguir aquele bocado de papel com um número, foram "ajudados" por uma vontade que se restaurou, na esperança talvez de uma... solução.
    A frente da máquina encontrava-se tapada com uma folha A4, presa com fita-cola de secretária, que dizia: "limite de senhas diário ultrapassado."
    ....

    Neste momento, o Carlos calou-se. Acho que não é preciso contar o que passou de seguida. Ele ficou a relembrar o que se seguiu, com um ar "desgastado", e eu perdi-me a imaginar (inevitavelmente com um ar cómico) um mini-anão, atacado pela raiva, espumando pela boca que proferia todos os insultos possíveis e imaginários para o ar, contra todos mas na realidade contra ninguém. Isto tudo enquanto era novamente arrastado para o exterior, desta vez por um bando de segurança pretos e brancos, que suavam para segurar o "espernear" das suas pernas "pequeninas".

    Enquanto me perdia neste "cartoon" que desenhava nos pensamentos, o sol "caia" ali á nossa frente, e o calor dos últimos raios na cara, fez-nos a ambos, "fitar" aquela vista que ia desenhando sombras de prédios e arvores a negro, no chão.
    Saquei de um cigarro já enrolado e acendi-o, travei duas ou três vezes e deixei o fumo sair pelas narinas, que ardiam á passagem deste... Passei o cigarro ao Carlos "mini-anão", que o agarrou e depois de uma valente bafo, sem nunca tirar os olhos do espectáculo que o sol desenhava disse:

    - " ... Bom pelo menos isto ainda é de borla !!!!"

    Sorri e pensei: " Ya!!! pelo menos, "isto" ainda é de borla, e qualquer dia, lixamos "isto" de tal maneira, que temos de viver em buracos e nem "isto" podemos ver..."
  
    Estiquei a mão, para voltar a fumar do meu cigarro, mas o cabrão do mini-anão já tinha data conta dele. Afinal não foi só o pôr-do-sol que foi de borla.
  


two Brown Rabbits going south




Friday, July 20, 2012

6OVER


     Chegou ontem pelo correio, não é propriamente um filme e os "gajos" que aparecem são "pouco produzidos" para ser um documentário.
     Fala do estilo de vida , fala da alma das motas, fala de parvoíces, que podiam ser ( e são !!) conversas numa qualquer garagem , numa qualquer parte do mundo.
    Gostei , por tudo... mas especialmente, por ser feito de uma maneira simples, por pessoas simples sobre um estilo de vida simples. Sem as pretensões de motas de bike show e "buscas" de fama, para gritar a sua excentricidade, se possível de alto com muita gente a ver.
     Mas isto é uma opinião minha! De quem gosta de motas para andar, e não, para mostrar ( ou se mostrar!).

    Acima de tudo deu para matar saudade daquele espirito de Cali. De choppers feitas para andar, do Frisco style original, de Oakland (um ghetto bem maior que o de wonderland), onde me perdi a primeira vez que lá "aterrei" de mota ( e sinceramente, acho que ainda ando perdido por lá!). Da Bay Bridge que atravessei uma vez ( entre uma boa duzia delas) perto da meia noite , sentado numa "dresser" a trás de duas FXR (de dois bons amigos que "literalmente" voavam baixo) ,  com um morena agarrada a mim, que levava certamente o mesmo pensamento, que eu, dentro do capacete : " Fuck mas por que é que eu me meto nisto!!!".

    Podia ser mais comercial, sim podia!
    Podia ser mais sobre motas e menos sobre pessoas, sim podia!
    Podia tentar transformar a ideia destes "born losers" em grandes construtores, sim também podia !

    Mas depois não se ouvia parvoíces, não se ouvia "dude" cinco vezes numa frase de sete palavras, não se via motas estreitas e rápidas, e não era feito pelo que é mais importante... "because this is all about freedom"
    
    

Friday, July 13, 2012

Friday Night stage: Canned Heat



Saltitar por ai, com pouco dinheiro no bolso ( acho que o mal é geral!!!).sem me  preocupar em fazer de conta que tenho o que não é meu.





Thursday, July 12, 2012

Greve

    Não tenho escrito nada, porque estou de greve.Não uma greve sindical (porque aqui no reino só há duas frentes sindicais, os puxa e os empurra) mas sim uma greve social...

    Greve contra a ilegalidade do proxenetismo de prostitutas, já que o proxenetismo de enfermeiros é completamente legal.
    Greve contra os desempregados, que teimam em dificultar o crescimento da economia e a veracidade dos dados do governo da rainha gorda.
    Greve contra os que teimam em confundir a evolução no papel com o estado da nação.
    Greve contra a importançia dos professores, num sistema social com opções viáveis como a  politica educativa de "equivalência".
    Greve contra o dinheiro que se gasta (em contratos, muitas vezes, com reuniões de 1 pessoa) para dificultar , somente, o mercado da venda de madeira queimada.
    Greve contra o êxodo de imigrantes revoltados pela falta de condições e baixos salários.
    Greve contra o sol, que nos queima a pele ( e o pêlo!) e nos dá um ar descontraido, como dizem os gajos dos reinos lá para o norte, que passam o ano com o cu enfiado na neve ( mesmo aqueles 28 dias de férias)

    Bom! Estou de GREVE , porque é um direito que me assiste , menos se isso causar transtorno aos outros, aí passa a ser, uma atitude de anti-desenvolvimento e irresponsabilidade social.

Saturday, July 7, 2012

Friday Night stage: Mitch Ryder & Detroit Wheels

Há sexta-feiras imprevisíveis... nos 1001 canais da televisão, passam programas a preto e branco que gastaram as cores de se repetirem.No canto superior do ecrã em forma de publicidade subliminar, apareçem circulos, imperceptíveis aos olhos que anunciam a necessidade de mudar de pelicula, por outra igual.
 Felizmente há "drive in" abertos 24 horas, um café ( black!!!) num daqueles copos de cartão e entramos na madrugada. "God bless skinny bikes and black coffee"





Detalhes ...









Tuesday, July 3, 2012

Godspeed

    "Incrível, sinto-me um cometa que fura entre um espaço aglomerado de luzes vermelhas, carros fumegantes, caras cansadas, olhares reprovadores.
         Trago-te aqui comigo, nua, doce! Com a cabeça deitada no meu ombro, e com a tua pele despida sobre mim. Tenho a certeza que te trago aqui, porque levo o coração acelerado, acelerado ao máximo."

    O trânsito circula dentro da cidade como numa linha de montagem, em filas programadas, num processo automaticamente  antecipado.
    Deixam pouco espaço, e é por ai que passo, é por ai que deixo que a onda me deixe esquivar, passar...  fugir.
    Entretanto mordo o cheiro do teu corpo, e imagino cada movimento teu. Consigo sentir o quente da tua pele a me aquecer as mãos , ou os pêlos " pequeninos" do fundo das tuas costas, a me divertirem os dedos.

    Duas ou três "tangentes", fazem me voltar à estrada, fazem-me rebeliar contra este ambiente.
    Por vezes, divirto-me a imaginar historias por trás de certas personagem com quem me cruzo no transito, mas sinceramente hoje... estou-me a cagar!!!. Esta gente, dentro dos seus pequenos automóveis, atrás dos seus vidros embaciados, com olhares opacos e postos pré-selecionados nos rádios... esta gente enerva-me!
    Enerva-me acima de tudo, a vontade estampada no rosto de alguns, de serem predadores num aquário.

         Mas tu entretanto não te vestiste, não saíste do meu ombro, não deixas te de brilhar. Sim...!!! tu também brilhas. Os americanos chamam-lhe karma, os índios o espírito, os monges do Tibete o nirvana, eu !?!?... Nunca estudei o suficiente para lhe chamar alguma coisa, mas, sei que é único, como um arco-íris perfeito, daqueles que se o seguirmos ate ao fim, tem uma casa de paredes de chocolate e um caldeirão cheio de ouro ao lume.
         Tu estás aqui e não vais embora, tu estás aqui e é bom curtir esta viagem contigo.

    A minha atenção divide-se entre esta "tua" presença e este transito "predador", que cruzo "desesperadamente" como se fosse a  perseguir um Dragão na sua cauda.
    Nunca sabemos para onde vai, que direcção instintivamente vai tomar. Temos de estar sempre atentos às inesperadas chicotadas da própria cauda que podem ditar o... "fim da adrenalina".
       
    Qualquer dia vai me apanhar, qualquer dia vai-me mesmo apanhar.

    Depois... depois tudo se resume "num resumo ingrato" que nos foge por falta de tempo, na porta da eternidade.

    "- Boa noite, o meu nome não tem importância nenhuma de tantas vezes que foi substituído e mal pronunciado. Não tinha nenhuma profissão específica. Procurei viajar para ver as diferenças, mas muitas vezes apenas vi semelhanças. Encontrei a alma no fim do deserto e persegui Dragões pela sua cauda, esperando que cada uma delas valesse a próxima.
         Tive uma vida boa, não fui rico mas coleccionei uma fortuna em momentos. Trai, fui traído, vivi nas camas que fiz e quis, apesar de me terem feito várias vezes a cama. Uma vida rebeldemente livre mesmo tendo a sensação que no fim vou perceber que "percebi tudo mal". Pai com vários amores e um grande amor... "

    Finem Tempus.