Sunday, October 28, 2012

today on stage: Amor Electro

    Nem é bem (ou mesmo nada!) o estilo de musica que costumo ouvir, mas que-se foda!!! Nesta altura em que procuramos "tantas vezes" as palavras que "gritem" o que pensamos. Também "podemos"  ouvir boas musicas em português... com bons músicos, em bons projectos.
    Na realidade, facilita estas noites "longas" onde vou queimando cigarros enrolados, e tentando brincar com frases, mas que tenho( gosto desta imagem!) demasiados retratos, no meu pensamento.

    Sítios, estradas, momentos, tudo vai passando.
    Tento e vou alinhando com preguiça, as ideias, mas não "vejo" o cenário. Cheguei lá e deambulo na historia (perdi-me ao pé da praia, na ponta da minha caneta!), por isso volto... vou "ali" beber um café... mas... sei como sou! vou e acabo por me perder outra vez .

    Lembro-me  de algo!
    Depois de um nome !
    Acabei por descobrir esta musica.

    De novo!!!

    Momentos, sítios, estradas, pessoas, cheiros.... retratos alinhados, que me fogem no pensamento.
    Dou por mim a beber café numa mesa pequena de duas pessoas. Eu... e a minha sombra, que me faz companhia, na cadeira, à minha frente.
    De repente!!! O cheiro do teu cabelo, veio "sorrateiramente" no vento.
    Debruço-me  e toco-lhe ao de leve. Os cabelos, vão-se entrelaçando nos meus dedos. Num "emaranhado" de linhas,(como me disse uma vez uma "ciganita"), daquelas que me marcam o destino na palma da mão.
    Disse-me isto, e de seguida, em vez de me largar a mão, fechou-a e apertou-a com força . Apertou com tanta força que a palma da minha mão ficou ainda mais "enrugada" de linhas.
    Fiquei a saber que era impossível enganar o destino, assim como é impossível enganar os cheiros , enganar o sincero do brilho dos olhos, ou enganar o "quente magnético" de duas peles, no ultimo momento antes de se tocarem.

     Este pensamento desperta-me e quero arrancar (sem ir a lado nenhum!).
     Mas...Já sei onde vou parar! Ao pé do mar... onde vou parar sempre, sempre que quero discutir com a minha alma,ou melhor, com aquele bocado que não vendi, nem perdi no deserto. Aquele bocado que me faz viajar por "aquelas" estradas, que me faz querer conhecer "aqueles" sítios, que me faz querer ver "aquelas" pessoas.
    Se calhar, estou enganado, e isso, é o bocado da alma que "vendi", e não me resta alma nenhuma!
    O que me faz pensar, que... por vezes, posso só estar a discutir com o mar!!!

    Resigno-me, que se lixe!Não duvido nem por um momento da força do velho Neptuno.
    Hoje vou acabar, amanhã faco-me novamente à estrada.


Friday, October 26, 2012

Route 66, maior que a vida.

 Conheço o Nuno Lobito há já algum tempo, mas curiosamente, a paixão de algumas conversas que já tivemos, não foi a paixão "das viagens" ( à excepção, dos parabéns que lhe dei aquando a apresentação, do seu mais recente livro publicado).
 Certamente, um dia, teria todo o gosto de o ouvir contar histórias e experiências, de todos estes sítios por onde viajou, fotografou, visitou ou como ele lhe queira chamar.

 Há dias, um amigo enviou-me um link de uma noticia, da viagem do Nuno pela Route 66. Andei a explorar e revisitei muitos sítios por onde tambem passei. Mas a "alma" das sua fotos, fez-me lembrar muitos outros (sitios e momentos), que guardo na memória de uma experiência única.

  Infelizmente (ou não!!!) a minha Viagem ficou por contar, perdeu-se num disco rigido "queimado". O que sobrou foi um ou outro capitulo, que alguns amigos partilharam "por aí", e umas folhas amachucadas que guardam "milhas, notas  e pensamentos".
 Felizmente o Nuno, com uma alma enorme de viajante "rodado", contou a dele ( de uma maneira muito mais "profissional", do que eu algum dia conseguiria, como é obvio!), com o seu talento de contar uma historia, resumindo-a num momento exacto, "congelado" no tempo.
 Qualquer dia, dou ai uma volta pelas fotos e folhas, e tento fazer um resumo ( ou melhor, um rewind!) "animado". Apesar de, sem falsa modestia, saber que não vou dizer nada, que já não tenha sido dito por tantos outros: Uma viagem que cumpre todas as expectativas, que nos enche a imaginação com experiençias, numa cultura propria ( que nos "tatua" a alma) de momentos, sitios e detalhes unicos. Tudo isto, com um cheiro verdadeiro de aventura.
 Por isso, nada melhor que um Português, com a "curiosidade de descobridor", para nos mostrar um bocado desse  espirito, captando-a romanticamente em"retratos".



Wednesday, October 24, 2012

H.B.K.


    Por vezes temos a perfeita noção que o tempo passa, cada vez, mais rápido. Alias dizemos até que voa, devido à sua "liberdade" de velocidade.
    Mas na realidade isso é mentira ( ou desculpa, como quiserem!)... O tempo passa à mesma velocidade que sempre passou.
    A "verdade" é que o tempo, é uma imensidão infinita de espaço, num movimento ininterrupto onde, por vezes, nos apercebemos que o "agora" num piscar de olhos já foi ontem... mas, e, felizmente estamos "aqui" no amanhã!
    Engraçado como a minha geração foi educada, para sermos "diferentes", bafejados pela "liberdade" e pela "novidade". Mas, por vezes, abusamos e usámos por demasia os argumentos. Numa sede de protagnonismo "inchamos" a liberdade e vamos sendo ultrapassados pela "novidade". Resta-nos a "tradicional" personalidade e a sinceridade da relação, chama do motivo mais fidedigno da fé do ser humano.

    H10K


Thursday, October 18, 2012

today on stage: Paus


                            ( "mostra-me o meu, mostro-te o teu.."  "o fim é o principio básico".)

    Olhamos de frente o egoísmo com que fomos educados, e esbarramos frequentemente contra altas paredes, que parecem "sempre" tão fácil para Alguns passarem.
    Tentamos vezes sem conta, ultrapassar as sucessivas barreiras, ganhando uma noção de Outros à nossa volta que esbarram contra os mesmos obstáculos.
    No princípio apenas... vultos e silhuetas !
    Mas com o passar do tempo, a neblina " egoísta " que parece nos isolar, começa a dissipar, e começamos a ver nitidamente Outros semelhantes a Nós . Também eles encostados de costas contra o cimento, apenas a ganhar fôlego, para voltar a tentar salta-lo.
    Esta cadência de obstáculos, faz-nos ficar cada vez mais rodeados de corpos, num espaço confinado de paredes, onde todos, com a sua "rebeldia" se recusam à inércia, mesmo asfixiados por uma acumulação da falta de valores.

    - Alguns
    - Outros
    - Nós

    Novas classes sociais que se vão formando, em gritos mudos.
    Movimentos de um mar tumultuoso, onde a evolução nos navega cada vez mais para um sítio primitivo.
   
    A olhar esse mesmo mar, está numa cadeira aqui ao lado, um velho sentado entre duas canas de pesca "velhas", curvado, como se espera-se ouvir o momento exacto, quando o peixe, morde "inocentemente" o isco.
    E é, no silencio dessa espera, que o oiço murmurar alguma coisa sobre a nossa evolução ser feita "disto": "... de um andar para a frente num movimento "quase" circular".

    Talvez sim... ou... Talvez não!!!!

     Um inconformismo que se "mistura" com o cheiro do mar (mesmo aqui à nossa frente!), lembrando-nos da nossa verdadeira importância, da nossa verdadeira dimensão, da nossa verdadeira coragem de enfrentar o desconhecido. 




Saturday, October 13, 2012

500 (1ºparte)


   Deixei para trás o labirinto da cidade a adormecer na noite de "semáforos já vazios". Mergulhei agora no tempo e "rolo" num cenário escuro, que me deixa ver os metros que a minha luz da frente consegue perfurar no negro.
   Gosto sinceramente de conduzir à noite... mesmo "pesando" o desconforto do frio, o perigo (que é mais sorrateiro!), e todos os inconvenientes imagináveis de condução nocturna.
  Gosto desta calma de "rolar" no escuro, com o cérebro concentrado no pouco cenário. Antevendo o que vem do negro, jogando com o perigo. Concentrado somente na própria condução. Com um permanente "pequeno" frio, que nos alerta para não nos sentir-mos demasiado confortáveis  e nos mantém despertos . 
  Tudo isto enquanto o barulho do motor se mistura com a visão em túnel e nos embala a revolta num som de alma semelhante aos blues com gritos de guitarras sofridas e vozes amassadas pelo viver.
( Curioso: parece que acabei de descrever o fado. Certamente será pelo "sofrer vivido" de um povo. Deve-nos soar, sempre semelhante, ao ouvido humano!)
Olho o céu!!!
É a melhor maneira de me localizar...( não no sítio! mas nesta história, entenda-se!).
Olho o céu desconfiado!!! Desconfio da falta de mosquitos colados à minha viseira, que chega noutras noites,  a ser um verdadeiro "chacina" de insectos . Mas a estrada ensina que em dias de poucos mosquitos "drogados", apanhados no vício da minha luz dianteira, se adivinha chuva.
Valeu-me um pressentimento, que me foi sussurrado por uma morena, e me fez enfiar o fato de chuva antes de sair da "toca".
Bom!!!  tenho que voltar a olhar  o céu para me voltar a localizar, que já me perdi.

Olho !!! E ele..."desafiadoramente", olha-me de volta , com um "opaco" escuro, que não deixa ver nada... E "quase" como brincadeira, deixa cair os primeiros pingos, que me vão cobrindo a viseira. Pingos, pequenos de mais para escorrer, que servem apenas para denunciar,  o que me espera.
Acabei de passar uma placa qualquer! Mas não olhei... 
Quer dizer... olhei, mas não li. Iá "aqui" atrapalhado, nestes pensamentos. (Espremidos... resultaram somente numa dúzia de linhas) mas por momentos ocuparam-me a concentração dividida com a condução, e... passei, olhei, mas sinceramente... não li!!!
Tenho esperança que fosse uma placa de informação, de preços de combustíveis ou outra treta qualquer ( que justificam os contractos milionários que nos rebentam economicamente, beneficiando aqueles que são chamados  de: "os mesmos").
Bom (agora sem teor político à mistura!) talvez mais à frente  me salte outro sinal do escuro e me  diga onde estou. Entretanto o aguaceiro engrossou a cadência, e agora já chuva, faz desperta no meu monólogo , o que acho ser o primeiro pensamento lógico "do saber o que já me espera".

- "Mas o que é que eu estou a fazer aqui ???"
   (Pronto!!! Finalmente com esta pergunta, vou conseguir localizar esta história!)
Longe "desta" chuva , "desta" noite que começa a ser fria, "desta" viseira molhada que vai reflectindo às poucas luzes que cruzo.
À algum tempo atrás um grupo de amigos , convidou-me a juntar a uma volta organizada por eles. 
A volta têm pouco de obrigações. Vários destinos são jogados em sugestões, que vão fazendo desenhar mapas, sempre mal riscados em folhas de papel. Depois no dia da partida, decide-se, e vê-se o destino que pode sempre  "encolher" ou "esticar". 
Tirar o máximo de proveito da estrada, sem grandes "obrigações ou preocupações". Rir, conduzir, fumar uns cigarros enrolados. "Entrecalando" paragens de euforia, onde se "soltam" assuntos que sem grande preocupação se tornam interessantes, com kms de monólogos "concentrados" no alcatrão que  foge por debaixo de nós!

O próprio nome que deram a esta volta "anual", não tem muito mais do que a importância do próprio número no "gap" entre o número anterior e o número seguinte. Número que se transformou em nome, e com o qual se  "baptizou" um cão de loiça, que ficou como mascote do próprio evento.
Basicamente, numa sinceridade cómica, o "espirito daquilo" pode-se "fundir" e resumir bem  neste meu último parágrafo. Tudo com uma envolvência simples dos laços que se vão criando nas histórias com "piada" agora e nas histórias com "piada" para sempre.
O ano passado tinha sido assim. Este ano assim seria!
Aceitei o convite. Faz sempre bem à alma, deixar por instantes, de fintar carros, e fazer estrada... estrada aberta. Kms que realmente passam...que realmente são conduzidos, e... que não nos trazem aos mesmos sítios. 
Conduzir , sem fintas, sem semáforos. Conduzir e... sair daqui!!!!!!

   No dia da partida, (hoje de manhã!), as "linhas cósmicas" não se estavam a conjugar para eu puder "arrancar" também (linhas de nós soltos. Atacadores que andamos todos a tentar atar!). A "excursão" partiu então. Por curiosidade, sobe mais ao fim da tarde, por onde andavam. E "percebi" qual a vontade que ainda tinham para andar.
  Com o "fechar" da noite, as "linhas cósmicas" voltaram-se a conjugar no "seu total"... e todos os cenários pareciam outra vez convidativos ... até possíveis!!! Dando força àquele pensamento que certamente já ocorreu a tantos, tantas vezes.
-" se desse!! se calhar!" 
  Imagens, mapas , cenários com cerveja e sem cerveja, números e kms, todos esvoaçados em pensamentos, delineiam, o que o nome de uma cidade numa mensagem marcou como destino.
Depois é fácil dar por nós em cima da mota , já em plena viagem! Disparados!... Tudo aconteceu a uma velocidade acelerada, tudo se conjugou perfeitamente, e temos a plena noção, que estamos, no sítio certo, à hora certa, a fazer o que de alguma maneira "quase" cósmica estava "correctamente" definido ( -podia simplificar! e dizer só, que estava bem comigo próprio, mas tinha muito menos piada!) 

   Voltei ao sítio do texto!
A chuva não abrandou com os kms, as placas trouxeram-me o sítio onde estou, mas nem por isso fiquei mais perto do meu destino.!
Parar debaixo de um viaduto mais iluminado, parece-me a melhor opção para conseguir enfiar as "mochilas" nos sacos de plásticos pretos , selados a fita cola.
Não posso deixar de rir, a olhar para a mota, "carregada" de sacos do lixo. Até numa visão "tradicional" ( não queria usar o termo "old school"!). Certamente existia uma "versão" muito mais "impermeável" para levar a "carga" nas motas. Esta é uma ideia "rudimentar", de quem ainda não se convenceu a comprar um saco estanque ou umas malas impermeáveis, que compensam, simplesmente, cada vez que calçamos  umas meias secas.

O meu voltar à estrada, é festejado com mais chuva. Daquela que nos leva a pensar indignados: mas "isto" é só para mim!?!?! 
E realmente não me cruzo com muita gente na estrada. A noite adensa-se naquela cortina de chuva, e sei que agora começo a depender muito mais  "da sorte". Com isto os sentidos aguçam-se , num  sentido de sobrevivência corajoso que luta contra o "desconforto". 
   Cruzei a fronteira do reino e... parei na primeira bomba para atestar... 
Parar para pagar menos, e não dar nenhum "aqueles", que nos "esfolam" o ano todo...Mas acabo a dar um "bocadinho menos" aos mesmos deste lado!!!
Irónico... no mínimo, uma tragédia... no máximo "da nação".

   Na bomba a cara do empregado solitário, é explicita o suficiente para deixar adivinhar o que vai dizer num sotaque "misto".
-" Hoje não é boa noite para andar de mota"
  Olho para ele com um olhar de quem é uma "prova de facto". Tive quase vontade de retorquir a "esperta" constatação mas,  os meus Vans (como seria de esperar! ) revelaram-se, não muito próprios para a chuva... (Culpa totalmente minha confesso!!!) e dão, a tudo o que eu faço com este fato de chuva "metido" , um ar muito pouco "sério".
Optei então, por pagar e perguntar... o que não me servia para nada.

-"Então mas esteve o dia todo assim???"
O empregado da bomba, novamente no seu sotaque "misto",  solta mais uma constatação que não apetece também, nada ouvir.
-"Esteve a chuviscar o dia todo, mais tarde começou a chover, mas agora é que está pior..."

Tenho de sorrir... houve uma "merda de uma linha" qualquer que se "desatou"...
Pago e enquanto atesto a mota oiço a chuva "crispar" no chão.
"Pois... agora é que está pior." relembro!

Não estou tão longe para pensar em outras hipóteses. Por isso, resta-me "galgar" um bocado menos de uma centena de km até à cidade. Depois só tenho de esperar que oiçam o telefone, porque não faço a mínima ideia em que buraco se meteram. 

Os últimos km foram "sofridos". Daqueles que podem ser mais 5 , 50, 100. Mas, mais que a distância, são lembrados pela "dureza". Uma sensação que fica quando o frio já ganhou aos casacos e às costuras das luvas.

Quando pego no telefone com a mão gelada, tenho o corpo, a vista e a alma literalmente cansados. Por isso refugiei-me debaixo de umas bombas "desligadas" logo na entrada da cidade. 
   Enquanto o telefone chamava, os músculos iam "refilando" à vez.
  Felizmente atenderam do outro lado, e percebi em dois dedos de conversa que tinha andado demais para dentro da cidade, eles "por causa do tempo" tinham desistido no hotel mesmo à entrada.
   Era mesmo aí que me apetecia ter desistido também e vai ser mesmo aí que vou desistir (por hoje!). Essa ideia deu-me, ironicamente, as forças para voltar a enfiar as luvas encharcadas, meter o capacete e "voltar para trás". A chuva deixou de importar, face à vontade que tinha em chegar ao sítio onde queria me "deixar desistir".

   À chegada, personagens "já" secas, mas também "amassadas" pelo tempo, esperavam-me numa alegria originada pela surpresa. Certamente foram acordados pelo meu telefonema. Desligo a mota, oiço gargalhadas e uma frase antes do primeiro abraço de "boas vindas":


   "- Man... tu tens um problema !!!" 
   "- Pois tenho pá... tenho de deixar de andar de ténis à chuva..." 

Wednesday, October 10, 2012

today on stage: Ornatos Violeta (actualizado)

(actualizei o video deste post, porque descobri este enquanto andava por ai a "escrevinhar". Fica em som o que tentei, modestamente, passar em escrita.)

Bem sei que será um cliché (mas daqueles bons!) e mesmo não sendo a minha musica favorita de Ornatos, deve ser das que marca mais uma memoria colectiva sobre a banda.
É sempre bom ouvir a nossa lingua escrita e cantada desta maneira ( principalmente sem sotaque de outras terras), com uma qualidade de "outros tempos", que venceu a barreira de gerações marcando memórias.


 " ... na minha terra diz-se: Foda-se!!!"
   
   Foda-se ! Já chega!!! Somos uma pátria com uma bravura unica, "quase" até romantica, para nos andarem a fazer "isto"..."