Thursday, October 18, 2012

today on stage: Paus


                            ( "mostra-me o meu, mostro-te o teu.."  "o fim é o principio básico".)

    Olhamos de frente o egoísmo com que fomos educados, e esbarramos frequentemente contra altas paredes, que parecem "sempre" tão fácil para Alguns passarem.
    Tentamos vezes sem conta, ultrapassar as sucessivas barreiras, ganhando uma noção de Outros à nossa volta que esbarram contra os mesmos obstáculos.
    No princípio apenas... vultos e silhuetas !
    Mas com o passar do tempo, a neblina " egoísta " que parece nos isolar, começa a dissipar, e começamos a ver nitidamente Outros semelhantes a Nós . Também eles encostados de costas contra o cimento, apenas a ganhar fôlego, para voltar a tentar salta-lo.
    Esta cadência de obstáculos, faz-nos ficar cada vez mais rodeados de corpos, num espaço confinado de paredes, onde todos, com a sua "rebeldia" se recusam à inércia, mesmo asfixiados por uma acumulação da falta de valores.

    - Alguns
    - Outros
    - Nós

    Novas classes sociais que se vão formando, em gritos mudos.
    Movimentos de um mar tumultuoso, onde a evolução nos navega cada vez mais para um sítio primitivo.
   
    A olhar esse mesmo mar, está numa cadeira aqui ao lado, um velho sentado entre duas canas de pesca "velhas", curvado, como se espera-se ouvir o momento exacto, quando o peixe, morde "inocentemente" o isco.
    E é, no silencio dessa espera, que o oiço murmurar alguma coisa sobre a nossa evolução ser feita "disto": "... de um andar para a frente num movimento "quase" circular".

    Talvez sim... ou... Talvez não!!!!

     Um inconformismo que se "mistura" com o cheiro do mar (mesmo aqui à nossa frente!), lembrando-nos da nossa verdadeira importância, da nossa verdadeira dimensão, da nossa verdadeira coragem de enfrentar o desconhecido. 




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