when women had curves and had real boobs...
Tuesday, June 11, 2013
Today on stage: Booker T & the MG´s
"Once upon a time..."
when women had curves and had real boobs...
when women had curves and had real boobs...
Wednesday, June 5, 2013
Art&Moto Long Report
Isso faz claramente com que a história
não avance. Como solução, o melhor será começar onde começo sempre, sentado em
cima da mota, três parágrafos mais à frente do começo do que quer que seja, que
quero começar a contar...
Tínhamos combinado encontrarmo-nos perto
de um dos portos de Lisboa. Eles já vinham todos juntos, eu juntei-me ao grupo.
Cruzamos (depois) a cidade, ombro a
ombro com o rio, sobre aquele empedrado desconfortável que abranda o trânsito
entre semáforos que teimam em não se acertar. Como não costumamos andar juntos,
o grupo ia um pouco desorganizado, e as motos espaçavam-se irregularmente,
furando entre os carros sem alinhamento. Mas até aí nada de importante, pois
grandes "alinhamentos", não eram a disposição para o dia e para o
evento.
Consoante íamos progredindo num tipo de
gincana de obras (novas e antigas, feitas e a fazerem-se!) na qual Lisboa se
transformou à beira rio fomos rindo em pequenas ultrapassagens e “piadas” nos
semáforos. Tudo tão descontraidamente, que deixava o bicilíndrico da Triumph (de uma maneira estilosa e
nervosa!) pautar os silêncios do pesado barulho dos V2 das harleys, do resto do
grupo.
E assim foi durante todo o percurso, que
foi serpenteando á beira rio. Mas por mais apaixonantes que sejam as
"voltas" por Lisboa (cosendo os diversos cenários de uma cidade
desenhada sem plano), esta "volta" foi curta e num instante deixamos
as ruas principais e esgueiramo-nos por uma rua estreita até à entrada do nosso
destino: uma fábrica antiga, que se abria com portão pintado (como “se lava” a
cara a algo antigo), encaixado ao fundo dessa rua.
Quase toda aquela zona (Alcântara) é
antiga e dá a sensação que está mergulhada na sombra da enorme ponte Salazar,
que se “eleva” ali por cima (não nos fazendo esquecer, que estamos à beira
rio!). Isso vinca a alma do sítio com um estilo próprio de calçadas, ruas
inclinadas e curvejadas, armazéns antigos e apartamentos luxuosos que roubaram
o "vintage" das fábricas que outrora se erguiam no mesmo sítio.
photo: Andreia Silva |
E, estilo próprio era também o que não
faltava ao sítio para lá dos "tais" portões pretos: o Lx Factory, nome
certamente muito diferentes dos tempos "operários" daquele monstro
que se esconde (até há bem pouco tempo para morrer!) entre o amontoado de
prédios e os pilares da ponte.
Logo à entrada, somos cativados pelas
pinturas, cartazes e telas que cobrem as paredes recuperadas. Num estilo urbano
anunciam os diferentes "sítios" ou eventos que foram ocupando
os antigos edifícios da fábrica, aproveitando de uma maneira “moderna” a alma
industrial do recinto.
photo:D.Wolf |
photo:Andreia Silva |
photo:D.Wolf |
A rua principal (que devia de ser o
tapete para um movimentado formigueiro nos tempos áureos fabris), está hoje
ocupada por bares, restaurantes e lojas. Era aí, que as motas que atenderam ao
Art&Moto (na maioria delas: caferacers!), se alinhavam pelo passeio.
Mesmo tendo começado há pouco tempo, vários
grupos, de uma maneira casual, já se iam amontoando por ali, acompanhando a
profundidade da rua, deixando (só) a estrada desocupada, e que era
frequentemente atravessada por gente que circulava entre conversas e
"sítios". Atravessamos essa rua cheia, com pequenos toques de
motor e estacionamos ao fundo, num espaço que foi conquistado certamente com a saída
de algum carro.
Para trás, o estacionamento estava
lotado, com os pneus mais ou menos perfilados, o que ajudava a deslumbrar as
máquinas preparadas a rigor, imitando tempos e estilos antigos. Triumph´s, BMW´s, Bsa´s, Guzzis, Hondas eYamaha´s saltavam à vista. Algumas clássicas, outras mais "Kustom".
Mas havia também as pequenas japonesas "novas no estilo", que se
faziam sobressair pela sua irreverência como putos rebeldes da cidade.
photos:Andreia Silva |
photo:D.Wolf |
O evento decorria principalmente nessa
rua, e concentrava-se numa enorme livraria, mas dava para perceber que o
espírito se espalhava um pouco por todo o lado, com motas que iam passando para
cima e para baixo, e pessoas espalhas pelos bares, lojas e infindáveis
corredores que servem de escritórios a pequenas empresas modernas, que
abraçaram este projecto de comunidade.
Por isso, o ambiente era saudável. Rodeado
de vários estilos de "caféracers". A maioria, de uma nova geração
vestida de velha. Pouco a pouco, iam passando também algumas Harley´s , mas
eram muito mais as “inglesas”, que se passeavam com aquele romantismo
"racing rebelde antigo".
Encostamos (nós próprios, entenda-se!)
ali na rua também. Ocupamos uma mesa com capacetes, e começaram a chegar as
primeiras cervejas. No fundo, juntamo-nos ao resto, trocando conversas com
caras conhecidas que se iam encontrando e olhando as motas que iam passando.
photo:Andreia Silva |
Engraçado como hoje em dia, no mundo "Kustom",
os estilos acabam por se misturar um pouco, e isso reflecte-se nas pessoas, no
vestuário, e até nos gostos musicais, que são agora muito mais
"amplos". Mas reflecte-se essencialmente, nas motas e no espírito de
criá-las e vivê-las, e isso dilui as barreiras temporais, territoriais,
geracionais, fazendo uma aproximação na mentalidade, ou seja, na ideia de cada
um, em “criar” uma mota à imagem da visão que temos para o nosso próprio
estilo, o que se transforma em algo tão pessoal, que vai muito além da parte
mecânica, ou da parte estética em separado, e que só ganha conteúdo se
privarmos com elas intimamente: na estrada, nos monólogos de capacete, e nos
cenários que rolam connosco em aventuras e desventuras que as viagens de mota
nos "levam" e trazem. Não faz sentido, se não for esse o propósito, o
gozo, o proveito...o estilo de vida!
photos:Andreia Silva |
Bom, mas se calhar, este, ainda não é um
pensamento "abrangente" actual (mesmo sendo um "mundo"
pequeno, num País ainda mais pequeno!), e por isso, numa volta que dêmos para
descobrir um café com cervejas mais baratas e conhecermos melhor as entranhas
da antiga fábrica, encontramos duas choppers "de luxo" que foram
"mandadas" estacionar no parque das traseiras.
photo:Andreia Silva |
Ironicamente acabou por ser perto delas,
que nos sentamos numa esplanada de bancos compridos. Alguém tinha dito que ali
era mais barato, alguém arriscou a pagar a primeira rodada... Era mais
barato!...Melhor!
Acabou, (por essa e pela razão da sua
localização, perto da entrada!), por se tornar num excelente sítio, com as
conversas a serem interrompidas frequentemente, por "trabalhares" de
motores, que com a sua passagem, nos roubavam o olhar, e dando mais um ou dois
assuntos para acrescentar à conversa.
Motas eram o tema, e assim continuou com
o passar do tempo, até os copos deixaram de ser de vidro e passaram a ser de
plástico, o barulho das motas ir diminuindo na sua chegada, e a tarde ter
começado a fugir, trazendo o frio húmido das noites de primavera.
Levantámo-nos então, e decidimos visitar
finalmente a tal livraria que tinha sido uma gráfica industrial e onde estavam
várias "coisas" preparadas pela organização dos 351 Caféracer.
Caminhamos entre as motas pela rua de
calçada até às portas duplas ladeadas por dois cartazes vintage que anunciavam
o evento. Estas abriam para uma sala enorme com prateleiras intermináveis
atulhadas de livros e escadas quase labirínticas, que acediam a pisos
superiores suspensos em fortes vigas de ferro. A quase espiral quadrada de
livros que contornava a parede, do chão ao tecto, envolvia essas plataformas
que, por sua vez, transpiravam, para o sitio, uma brutalidade industrial,
ajudada pela enorme impressora, imponente e bruta, que se mantém no local como
que adormecida pelas histórias dos livros que a rodeiam.
Esta foi a primeira visão que "gravei"
ao entrar na livraria "Ler Devagar". Tinha lido algures que tinha
sido considerada uma das mais espantosas livrarias do mundo, e agora, num só
olhar consegui perceber a razão desse título.
Logo na direcção da entrada estava
exposta uma "sweet caferacer". Aproximei-me pra ver o
que parecia ser a única construção em exposição.
photo:D.Wolf |
Única mas brilhante, a contrastar com a
pintura pérola que lhe dava um look perfeito para aquele motor preto.
Mas, mentiria se dissesse que não
esperava mais motas expostas, principalmente para contrastar com as linhas
modernas desta. Linhas demasiado limpas e excepcionalmente fibradas, sem marcas
de estrada ou sem ferrugem naqueles pontos onde… nem o maior cuidado consegue
evitar.
Fiquei ainda um bom bocado a admirar os pormenores
da renovada CB750, que permanecia
vaidosa em cima do palanque para ser deslumbrada. Curiosamente, na rua, em
frente à porta de entrada, estava estacionada uma MotoGuzzi, com as cabeças “ameaçadoramente” brilhantes, como
"divisas" de alta patente numa farda de gala e uma suspensão
dianteira "fina", que reluzia “desafiadoramente”, com os reflexos dos
faróis que passavam. A sua cor não a fazia brilhar, mas dava-lhe o estilo rebelde
para me fazer querer que estava só ali a desafiar esta vaidosa, numa
"rixa" tradicional entre gerações pelo direito do estilo.
Nisto, um amigo tocou-me no ombro, para
segui-lo a subir as escadas. Deixei as motas por instantes, e acho que pela
primeira vez me apercebi do burburinho geral que estava dentro daquela sala. O
bar que ocupava a parede de fundo do piso da entrada continuava cheio. Pessoas
de pé, pessoas sentadas, casacos de cabedal pendurados nas costas das cadeira,
e capacetes um pouco por todo o lado. Tudo misturado com os livros, e o barulho
típico de um bar atarefado, marcado pelo bater do manipulo do café, quando se
sacodem os restos do café anterior.
Subi as escadas, seguindo quem ia à
minha frente e passei para uma outra sala que se distinguia do resto, por uma
parede que nos obrigava a contorna-la. Essa entrada, estava adornada por uma Sachs V5 restaurada, bem nacional, de
fábrica e culturalmente, e que dava o mote à exposição fotográfica, que enchia
o resto da parede, com "detalhes de clássicas portuguesas.". A
exposição foi organizada pelo Tiago Santiago (membro dos 351), e não se
mostrava só original pelas fotografias, mas também, pela iluminação
personalizada para cada uma delas, feita originalmente por faróis de mota clássicos.
art&bike: Tiago Santiago |
artwork:João Barros/photo:Andreia Silva |
artwork:João Barros/photo:Andreia Silva |
Lá dentro (depois de contornar a tal
parede que expunha as fotos) um piano de cauda, e uma mopped qualquer vintage,
ocupavam um pequeno palco de uma sala coberta de ilustrações de traço vintage.
Um artista Português e dois artistas espanhóis expunham os seus trabalhos, mais
concretamente, o António Marinero (espanhol) com ums trabalhos de cores esbatidas que "pintavam" pilotos clássicos em "corridas de antigamente", o Raulowsky (espanhol), com várias
ilustrações a preto e branco de traço simples e elegante.
E por último o Nuno Capêlo com ilustrações a cores e trabalhadas, que disponham nas paredes várias caferacers, por sinal , motas de alguns membros dos 351.
Agradavelmente, dava-se a volta,
saltando entre os três artistas de traço e técnicas diferentes , mas todas baseadas num estilo revivalista.
art:Antonio Merinero |
art:Antonio Merinero |
art:Nuno Capelo |
art:Nuno Capelo/photos: D.Wolf |
Acho ("acho",
deve ser a expressão mais incorrecta para usar numa suposta reportagem!) que
era também nessa sala que se fazia a apresentação de um filme, mas para variar
chegamos atrasados. Enfim às vezes é a nossa sorte.
A sala em ideia de exposição, funcionava bem, “fora de tudo o resto” como um toque
de estilo, bem decorado e interessante na ideia e no conteúdo.
Assim que voltamos ao lado do café livraria, o pequeno grupo com quem eu estava
dispersou-se. Uns voltaram ao piso "rasteiro" para ir ver os diversos
artigos expostos (capacetes, roupa, etc!), outros, subiram a rampa ligeiramente
inclinada que os levava ao outro lado da sala. Piso que rodeava a enorme
máquina gráfica com mesas, cadeiras e prateleiras sempre cobertas de livros e
mais livros, que se sucediam à velocidade de um olhar, de um título ou de uma
capa de cor diferente.
Os corredores de livros são fascinantes.
Dou por mim a procurar títulos por palavras-chaves, que nem sei bem quais são,
mas que me fazem despertar para agarrar este ou aquele livro como uma escolha “consciente
“ do subconsciente.
Bom mas esta "suposta" reportagem não é sobre livros, mas sim do Art&Moto, por isso, vou acelerar até
descermos novamente as escadas e acabar-nos por juntar outra vez à porta…
…Enrolei um cigarro e acendi, enquanto
outros me imitavam no acto. No mesmo momento, um grupo grande ia a sair, e o
barulho ecoava pela rua, agora muito mais vazia.
Gosto da sensação de algumas destas motas, soam a nervoso e divertido. Quando
se ligam, tem de se “rodar” o acelerador com uma agressividade suave, para
despertar a combustão de um nervo interno, como se incentivasse o coração da
máquina, ou talvez, pensando melhor: o espirito, o que para mim até é fácil de
acreditar, pois personifico tantas vezes as motas com as suas birras e vontades
ou os seus vícios e temperamentos, que acabo por acreditar que a alma de
algumas tem mesmo de ser “incendiada”.
Enquanto não acabávamos os cigarros, ficamos todos ali, a olhar para eles ( que
se iam preparando para arrancar!), com o coração acelerado do trepidar metálico
que se ia juntando em alcateia, até o primeiro decidir arrancar, sendo seguido
pelo resto do grupo de uma maneira ordeiramente desorganizada, como um grupo de
lobos rápidos seguindo o mais veloz.
Acabamos de matar o vício do fumo, e logicamente falou-se de jantar. Como não
queríamos ir para longe, acabamos por ir a pé, à procura de um restaurante
barato que alguém (ou melhor… outra vez alguém!) disse que havia não sei bem
onde, logo ali fora da fábrica. Acabamos por atravessar Alcântara, para entrar
numa marisqueira cheia de marisco, com a frescura da arca frigorífica e
entradas de pão e manteiga. Uma mesa grande albergou todo o grupo, e uns jarros
de sangria trouxeram a boa disposição à mesa e a vontade de pedir o que estava
na carta.
O jantar durou um bom bocado, e quando voltamos, encontramos já uma noite
aprumada para a boémia, mas com poucas motas a comporem a rua. O frio,
certamente também não convidava a uma volta de regresso muito tarde, o que fez
muita gente ir embora mais cedo e já não voltar. Mas já havia personagens "à
solta" (talvez pensando o mesmo de nós quando nos cruzávamos!), e os bares
já projectavam uma luz com côr cá para fora, misturada com o som que se estava
a preparar.
Logo ali ao
princípio, uma loja de roupa tinha-se transformado num bar de alterne de anãs.
Estivemos para entrar, levantando-se a curiosidade do sítio e do negócio, mas
resolvemos deixar para outro dia… Íamos, certamente, acabar da mesma maneira,
num “buraco” qualquer, com cerveja ou tequila, mas hoje… não seria naquele!
Mais à frente, outro bar, já tinha duas motas colocadas no palco, iluminadas ao
ritmo do som que ia aumentando de tom. Todos estes e outros cenários, vistos cá
de fora, no meio de uma rua meio escura com paredes altas, tornavam o sítio,
apesar do frio, "meio" clandestino e agradável de se estar
Rodeámos as nossas motas para fumar um cigarro, indecisos onde entrar, quando
de repente, de dentro de uma porta de madeira estreita e alta, saíram duas
personagens torneadas por corpetes de napa preta, e chicote na mão, que
assentavam perfeitamente numa versão da antiga série de televisão “Allô Allô”.
Aquilo era na altura o “desaire” de qualquer general da Gestapo, e agora... bem podiam ser o nosso.
Num tom autoritário, como se esperava, dirigiram-se a nós, e encarnando a
personagem, entregaram-nos uns convites para um show de bondade que ia acontecer num bar mais à frente. Metemo-nos com elas
(claro!), fazendo-as retorquir de chicote na mão, mas com um sorriso nos
lábios. Voltaram a convidar… para acedermos, mesmo que numa promessa só
simpática, porque todos sabíamos que não íamos ali ficar muito mais tempo.
A rua continuava meio vazia, assim como os bares. Já nos tinham dito que o
grosso das motas tinha ido jantar a um lugar sugerido pela organização, e que
mais tarde iriam retornar, para a festa à noite. E certamente foi isso que
aconteceu, mas nós já não ficamos para ver, começava a aparecer uma vontade de
“circular”, andar de mota. Voltar por um bocado ao trânsito, e despertar uma
cidade que está a acordar para viver mais uma noite. Tudo para acabar em algum
lado de mãos geladas, frio nos ossos e a alma mais limpa.
Despedimo-nos de quem quis ficar e arrancamos. Deixamos para trás aquele "monstro",
com tudo para ser o sítio fantástico, para um evento muito bom. Uma ideia
pioneira de um estilo de vida, que é propício a “good times” e propicio a estas interligações que por vezes encurtam
kms e cruzam experiências... de vida... de estilo... de opinião... de
fascínio... de Liberdade.
Que seja para continuar, melhor e maior, aberto a sugestões que possam ajudar e
com a mesma dedicação, que só é possível ter, quando realmente se veste o “espírito”.
Deitamo-nos à estrada e acabamos realmente num “buraco”, a ouvir uma banda a
cantar êxitos de outros, a beber cerveja com tequila.
Alguém (e vou acabar a reportagem, sem
“reportar”, quem será este alguém!) ainda falou que na manhã seguinte, ia haver
uma volta programada pelos "351". Encostados ao bar, imaginamos que
ia ser certamente, perto do mar, para poderem gozar o “recortado” da linha
marítima, nas estradas que contornam as encostas do nosso litoral. Parar
algures para beber qualquer coisa, e voltar a arrancar, ocupando a estrada como
um bando em “rotação de passeio”, trazendo a nostalgia rebelde de "outros
tempos" Tudo iluminado por um sol enorme, que faz brilhar as encostas e
queima a cara com o passar dos kms contra a pele. Isto até regressarem a um
sítio qualquer planeado e dar então o evento por acabado, com as normais
despedidas.
Se fosse assim, ia ser sem dúvida, uma volta “para mais tarde recordar” como se
dizia "noutros tempos", ou “para mais tarde repetir”… como se espera
dizer para o próximo ano.
Mas para nós, amanhã era já daqui a um
bocado, e por muito que a tequila, ajudasse a coragem a "envenenar" o
senso, o evento ia mesmo acabar assim, com um brinde de que restava no fundo da
garrafa, antes de pedir mais uma rodada daquela cerveja.
photo: Nuno Capelo |
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